"Andrew Salter, considerado um dos pais da terapia comportamental, descreve em seu livro Conditional Reflex Therapy(Terapia de Reflexos Condicionados, 1949) que as pessoas não assertivas buscam ser tudo para todo mundo e culminam em não ser nada para si mesmas"
Existem basicamente três tipos de comportamento: assertivo, não assertivo e agressivo. Para os três há vantagens e desvantagens. De modo geral, em longo prazo o mais vantajoso é o comportamento assertivo. Veja a diferença entre eles.
Comportamento assertivo
Assertividade é o comportamento de expressar diretamente os próprios pensamentos (opiniões, vontades e ideias) ou emoções, sem que para isso seja coercitivo (ameaçador ou autoritário) para o outro. Quando a pessoa é assertiva ela expressa o que pensa/sente sem que viole o direito do outro.
O comportamento assertivo, na maioria das vezes, é bastante reforçador para a pessoa que o emite; uma vez que ela se expressa livremente, dizendo o que está pensando ou sentindo e através disso fica satisfeita por sua ação, independente do resultado obtido.
Um dia de cada vez
Geralmente esse comportamento facilita a pessoa a se aproximar de seus objetivos, pois ao expor o que quer, faz com o que os outros estejam a par disso, em certos casos, inclusive mobilizando-se para ajudá-la. No entanto, há casos em que há a possibilidade de a pessoa não conseguir o que quer, mesmo sendo assertiva ou ainda receber como resposta um comportamento de agressividade.
Dois exemplos que demonstram respectivamente essas duas possibilidades são: uma pessoa dizer que quer um aumento e não receber; um dos cônjuges (o que controla o orçamento) dizer que terão de fazer economia durante os próximos meses e o outro se zangar com isso, dizendo que não abrirá mão de suas regalias.
Comportamento agressivo
Uma maneira agressiva de ser comportar pode ser muita reforçadora, pois é possível que através dela se obtenha o que se quer. Em outras palavras: "Se eu tenho algum objetivo e me utilizo de agressividade, é possível que eu alcance o que desejo"
O comportamento agressivo pode ser expresso de maneira direta ou indireta. Ocorre de maneira direta quando há agressão verbal (xingamentos, ameaças, comentários hostis) ou agressão física e de maneira indireta quando há comentários sarcásticos, cochichos maliciosos pelas costas, olhares ‘fuzilantes’, gestos hostis, etc...
Quando se comporta de maneira agressiva, a pessoa é coercitiva com outro, impondo-lhe à força a sua vontade ou opinião ou ainda buscando vencer a situação a qualquer custo. Desse modo viola os direitos da outra pessoa. A pessoa agressiva dessa maneira se torna inadequada e desonesta.
"Quando me utilizo de comportamento agressivo busco obter o que quero através da diminuição do outro. Humilho-o, faço com que se sinta mais fraco e, com isso, tenha menos capacidade de expressar seus desejos e necessidades. A mensagem que transmito é que minha opinião é melhor do que a sua, que os meus sentimentos é que contam, não os seus. Em suma me importo somente comigo nesse momento e você não tem a menor importância"
É possível perceber que esse comportamento tem uma repercussão negativa nas relações interpessoais. Indivíduos que mantêm padrões consistentes de comportamento agressivo não são candidatos a terem relações duradouras e prazerosas. Além disso, correm o risco de sofrerem contra-agressões de outras pessoas diante de seus comportamentos.
Comportamento não assertivo
O comportamento não assertivo, chamado por alguns de comportamento passivo, trata-se da não expressão dos próprios pensamentos ou sentimentos, ou ainda de não expressá-los honestamente. Implica na violação dos próprios direitos e permite que outros o façam também.
O comportamento não assertivo pode ocorrer verbalmente de diversos modos. A pessoa pode expressar seus pensamentos e sentimentos de maneira autoderrotista ou não dizendo exatamente o que lhe passa na cabeça ou ainda como se sente. Pode também desculpar-se ininterruptamente, quase que como se desculpasse por existir. Todas essas maneiras de expressar-se faz com que as outras pessoas não lhe deem atenção, assim como ao que diz. Geralmente os comportamentos não assertivos verbais são acompanhados de comportamentos não assertivos não verbais, sendo esses: falar em tom baixo, evitar contato visual, postura corporal curvada, entre outros.
A postura não assertiva além de demonstrar uma falta de respeito às próprias necessidades, também é uma falta de respeito para com o outro em poder assumir a capacidade de lidar com frustrações, problemas e responsabilidades. O que se busca através da não asserção é apaziguar os demais e evitar conflitos a todo custo. Isso se faz inúmeras vezes passando por cima de si mesmo. No entanto, se esquivar da ansiedade que é causada pelos conflitos ou perceber que deixou as pessoas livres de preocupações é algo que reforça em muito essa atitude.
O resultado de uma postura não assertiva é ter uma dificuldade maior em atingir seus objetivos, pois ao não expressar suas necessidades dificulta com que essas sejam atingidas; da mesma maneira que não dizer sua opinião impede que o outro tenha consciência dela e possa compreendê-la ou até mesmo concordar com ela.
Outro resultado negativo é que com a repressão de sentimentos possam surgir diversas doenças ou sintomas psicossomáticos como: dor de cabeça, gastrite, tensão muscular e muitos outros.
Além disso, após diversas situações em que o comportamento não assertivo foi adotado, é bem provável que haja uma explosão de agressividade, uma vez que todos têm um limite para a quantidade de frustração que podem aguentar. Nesse ponto, a expressão da emoção irá muito além da proporção do estímulo que a desencadeou.
Quem se relaciona com uma pessoa não assertiva, além de poder ser alvo de explosões de raiva sem aviso prévio, também tem muita dificuldade em saber o que o outro quer. Precisa inferir ou quase que adivinhar o que o outro pensa ou sente. Isso causa frustração, confusão, afastamento e/ou raiva. Outro ponto é que é uma carga muito pesada ter que se responsabilizar por tomar decisões por outra pessoa, além do que essa pode não ficar satisfeita com as escolhas feitas.
Andrew Salter, considerado um dos pais da terapia comportamental, descreve em seu livro Conditional Reflex Therapy (Terapia de Reflexos Condicionados, 1949) que as pessoas não assertivas buscam ser tudo para todo mundo e culminam em não ser nada para si mesmas. São camaleões, tratando de agradar a todos com que estão. Expressam tudo, menos o que sentem. Têm muito dificuldade em dizer “não”. Buscam ser agradáveis com as pessoas e quando não têm isso como retorno, pensam que é por sua própria culpa. Veem-se como tolerantes, democráticos e de mente aberta. São honestos intelectualmente, mas emocionalmente são uns mentirosos. Sua cortesia pode ser uma fraude, pois nunca se sabe o que realmente se passa em suas cabeças e isso não conduz a relações sociais calorosas. Estão sempre analisando e planejando. Interagem com o ambiente depois de deliberá-lo, porque nunca podem agir espontaneamente. Não têm certeza de seus sentimentos e opiniões sobre nada.
Andrew Salter, considerado um dos pais da terapia comportamental, descreve em seu livro Conditional Reflex Therapy (Terapia de Reflexos Condicionados, 1949) que as pessoas não assertivas buscam ser tudo para todo mundo e culminam em não ser nada para si mesmas. São camaleões, tratando de agradar a todos com que estão. Expressam tudo, menos o que sentem. Têm muito dificuldade em dizer “não”. Buscam ser agradáveis com as pessoas e quando não têm isso como retorno, pensam que é por sua própria culpa. Veem-se como tolerantes, democráticos e de mente aberta. São honestos intelectualmente, mas emocionalmente são uns mentirosos. Sua cortesia pode ser uma fraude, pois nunca se sabe o que realmente se passa em suas cabeças e isso não conduz a relações sociais calorosas. Estão sempre analisando e planejando. Interagem com o ambiente depois de deliberá-lo, porque nunca podem agir espontaneamente. Não têm certeza de seus sentimentos e opiniões sobre nada.
Leia este texto também em Via Estelar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário