sexta-feira, 30 de agosto de 2013

EXERCITE OLHAR PRA DENTRO DE SI E NÃO AJA POR IMPULSO


Olhar para dentro de si diante das situações que nos desafiam ou ainda que nos impelem a nos comportarmos de modo automático é um excelente exercício de autoconhecimento, autorreflexão e mudança"


"Tudo o que vês é resultado dos teus pensamentos. Não há nenhuma exceção para este fato: como um homem pensa, assim ele percebe. Portanto, não busques mudar o mundo, mas escolhe mudar a tua mente sobre o mundo. A percepção é um resultado e não uma causa." Extraído do livro Um curso em milagres - Helen Shucman.

Algumas vezes as pessoas vêm procurar terapia ou vêm para uma de suas sessões de terapia com uma percepção e um discurso que as colocam em posição de vítima ou ainda que foram impulsionadas pelo outro a agirem como agiram.

Parte imprescindível no processo terapêutico, é tornar as pessoas conscientes da situação em que se colocam através de suas escolhas, bem como responsabilizá-las por suas ações.

Recebo e-mails de pessoas me questionando: 

- O que fulano fará caso eu haja dessa maneira? 

Ou às vezes alguns de meus pacientes quando estão mais inseguros e/ou ansiosos me perguntam o mesmo.

Fato é que não há como prever com certeza como uma pessoa se comportará diante de determinado evento. Podemos ter alguma ideia baseando-nos nos comportamentos passados dessa pessoa em situações semelhantes, já que de modo geral nós mantemos um determinado padrão de como responderemos às situações; principalmente se fazemos isso de forma automática.

No entanto, podemos conscientemente decidir agir de outro modo ou ainda através de terapia ou outros processos de autoconhecimento e mudança modificar nosso modus operandi.

Com base nisso, precisamos nós mesmos buscar perceber a situação em que nos encontramos com um olhar - o mais amplo possível - e, diante disso, olhar para dentro de nós e avaliar qual a melhor maneira de agir diante do contexto.

Cinco dicas para aprende a olhar para dentro de si:

1ª) O que busco nessa situação?

2ª) Agir dessa maneira me ajuda a obter quais resultados?

3ª) Sinto bem comigo mesmo(a) em agir desse modo?

4ª) Eu assumo a responsabilidade pelos meus atos?

5ª) Se eu fosse aconselhar uma pessoa querida na mesma situação, o que diria para ela?

Muito dificilmente podemos afirmar que alguém é vitima ou algoz em uma situação. Na grande maioria das vezes, como adultos, temos escolha e, diante disso, podemos optar fazer o nosso melhor, mesmo diante de algo que esteja causando muita tristeza ou raiva. Podemos sempre aproveitar o que acontece para aprender, para amadurecer e perceber o que ocorre como uma oportunidade de fazer diferente. Assim acabamos aos poucos desenvolvendo outras opções de respostas dentro de nós. Ampliamos nosso repertório e, como já dizia Darwin, os seres mais bem adaptados são os que sobrevivem. Ou seja, temos mais chances de nos sair bem em diferentes momentos.

Olhar para dentro de si diante das situações que nos desafiam ou ainda que nos impelem a nos comportarmos de modo automático é um excelente exercício de autoconhecimento, autorreflexão e mudança. 

Deixamos de agir impulsivamente e passamos a nos conectar com uma camada mais profunda a qual possui muito mais de nossa essência e verdade do que simplesmente agir por instinto ou ainda arrebatado por alguma emoção passageira.

Sejamos senhores de nossas vidas e de nossos destinos. Ajamos com responsabilidade fazendo aquilo que realmente acreditamos e sentimos ser o melhor.

Leia este texto também em Psicoquê.

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