Quantas e quantas vezes estamos insatisfeitos com a nossa vida: com relacionamentos que temos, com situações pelas quais estamos passando, por eventos que acontecem. E o mais comum nesses momentos, é reclamarmos e culpabilizarmos o externo pelo que está ocorrendo.
Desse modo, ficamos estagnados, de mãos atadas, sem a possibilidade de nada fazer. Quando nos permitimos entrar nesse contexto, não há chance alguma de mudança, a não ser que ela venha de fora mas, não temos controle algum sobre isso.
Sempre que algo acontece em nossa vida, algum grau de responsabilidade temos sobre isso. Seja por que fizemos ou deixamos de fazer alguma coisa. Dessa maneira, se a sua relação amorosa não está boa, no que você está contribuindo para isso? Se o seu trabalho não está satisfatório ou as relações que estabelece no mesmo não estão agradáveis, o que está fazendo que influencia isso? Ou ainda, por que ainda está lá? Se a sua vida social não está fluindo... que comportamentos está tendo para facilitar que isso ocorra?
Quando nos fazemos essas perguntas, mudamos a nossa percepção girando nosso foco de fora para dentro e aí toma-se o controle sobre a situação. Não estou com isso dizendo que tudo que acontece conosco ou em nossa vida é responsabilidade nossa. O que estou dizendo é que sempre temos algum grau de contribuição e, portanto, de escolha. Se algo não está satisfatório, você pode buscar identificar o que está fazendo e, identificando o que pode estar contribuindo para esse contexto, mudar, ao invés de ficar culpabilizando o externo.
Isso te torna mais senhor(a) de sua própria vida, faz com que a tome em suas mãos ao invés de ficar na postura de vítima ou gastando energia reclamando. Permite também fazer mudanças antes que as situações fiquem insustentáveis ou ainda que outros façam as mudanças por você e, nem sempre, essas sendo para a direção que você gostaria.
Quando nos apropriamos de nos mesmos, tomamos consciência de nossas ações no mundo, passamos a ter maior controle sobre nossas vidas e tornamo-nos autores das mesmas e não meros coadjuvantes. Assim, se não está gostando de algo, reflita sobre o que depende de você para fazer com que seja diferente. Opte por ser agente ativo ao invés de agente passivo. Compreenda que para cada ação há uma reação e, desse modo, sua vida é reflexo do que você faz.