Reportagem: Monique Zagari Garcia
Seu parceiro te acha chata, grudenta e controladora? Talvez esteja na hora de rever seus conceitos, abraçar a autoconfiança e deixar o ciúmes excessivo de lado
Sentir um pouco de ciúmes às vezes pode ser bom. Envolve aquele drama, manhas e pode até acabar em beijos e carinhos no final. “Quando dosado, faz o homem se sentir querido, seguro e com a autoestima elevada”, diz Thaís Petroff Garcia, psicoterapeuta cognitivo-comportamental (SP).
E quando esse sentimento foge do controle da mulher? Como os homens reagem e lidam com o problema? O que se passa na cabeça deles? Segundo a psicóloga Patricia Bader, coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital e Maternidade São Luiz, os homens tendem a “exigir” mais liberdade na relação do que as próprias mulheres.
O ciúme, quando exagerado, pode até vir a se tornar um comportamento obsessivo, fazendo com que uma possível traição vire o tema central da vida da mulher e ocupe toda a sua mente. “Quando o homem é acusado de atos que muitas vezes não cometeu, a relação acaba se tornando fragilizada e cansativa”, conta Patricia. Thaís acrescenta: “Ele se sente privado do seu espaço, sufocado. Acaba se tornando um incômodo que pode até mesmo ser intolerável, fazendo com que se afaste de sua parceira”.
Pare e reveja seus conceitos: Você quer ser vista pelo seu companheiro como insegura, grudenta, frágil, controladora e chata? Se a resposta é negativa, é necessário que busque autocontrole e seja estabelecido um canal eficiente de comunicação entre o casal. É importante ter outras preocupações, outros interesses e uma vida mais independente. “Penso que pouquíssimos homens gostam de mulheres muito ciumentas. Os que gostam provavelmente o fazem porque isso afirma sua autoestima e sua necessidade de ser querido pelo outro”, explica Thaís. Em casos graves, é recomendado que a mulher busque ajuda na psicoterapia ou até mesmo na psicanálise, para que suas fragilidades sejam melhor abordadas e compreendidas.
Bisbilhotar as coisas do amado, fazer acusações incertas e viver com a autoestima lá embaixo não estão com nada! A confiança deve ocupar o primeiro lugar no ranking de prioridades em um relacionamento - além de ser sinônimo de saúde e bem-estar.
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