quinta-feira, 25 de setembro de 2014
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Medo ajuda a não termos comportamentos impulsivos
Você já parou para pensar em qual é a função do medo? Para que ele serve?
Quantas vezes por
dia você pronuncia a palavra medo?
Quantas vezes o medo
te impede de fazer coisas?
Quantas vezes você já tomou decisões baseado no medo?
Quantas vezes já
ficou paralisado em função dele e deixou de viver algo que
gostaria?
Você já parou para
pensar quem controla quem?
Vamos compreender um
pouco mais o que é o medo e como podemos utilizá-lo a nosso favor e
não contra nós.
O medo é algo
presente não só na vida dos seres humanos, mas também dos animais.
Diante do medo nosso organismo libera adrenalina, o hormônio que dá
sustentação para ações como "bater ou correr".
Os animais, diante
do medo, emitem três possíveis comportamentos de acordo com a
percepção que eles têm da situação: atacar, paralisar-se
(fingir-se de morto) ou fugir.
Dessa maneira, os
próprios animais irracionais utilizam o medo para avaliar o contexto
e, diante de sua percepção sobre o medo, terão uma reação
diferente.
Se nós somos
considerados animais racionais, por que então agir sempre do mesmo
modo independente da situação que se apresenta?
Utilize o medo como
um farol amarelo
O medo não deve
servir como um farol vermelho para te travar diante de todas as
situações ou ainda te afastar das mesmas, mas sim, como um farol
amarelo, onde você deve parar, observar, raciocinar e então agir.
Ele nos ajuda a não termos comportamentos impulsivos.
Sentir medo nem
sempre é sinal de que há algo errado ou ruim. Às vezes pode ser
algo novo e diferente e, por ser desconhecido, pode assustar. O medo
pode também aparecer diante de eventos que você julga não ser
capaz de enfrentar ou lidar (percebendo em decorrência disso a
situação como sendo de risco ou ameaçadora). Enfim, há inúmeras
possibilidades de "leituras" que podem ser feitas da
realidade e que podem nos causar medo.
A questão aí é: a
vida não para. Se você ficar parado, ela irá passar por você e,
quando se der conta, você já terá deixado passar diversas
oportunidades que podem nunca mais voltar.
Use o medo como um
lembrete para parar por alguns momentos (como um farol amarelo) e
refletir. E, então aja. Se ele será um conselheiro ou seu pior
inimigo é você quem decide.
Leia este texto também em Via Estelar.
Ser feliz é muito mais uma questão de escolha
"...
não se faz necessário precisarmos de problemas maiores para só
então valorizarmos a vida que temos"
Era uma vez, em um
pequeno vilarejo, um homem que morava com sua família. Mas o homem
sentia-se completamente infeliz. Reclamava de tudo e de todos.
Queixava-se de inúmeros problemas. Ora implicava com os filhos, ora
a casa que era pequena demais, a esposa que não era boa o
suficiente... Nada o satisfazia.
Um dia, cansado de
tanto sofrer, resolveu procurar o sábio da aldeia e pedir o seu
conselho.
Contou sua história
para o sábio que então lhe disse:
- Vai, meu filho,
compre um bode e o coloque dentro de sua casa e me procure daqui um
mês.
O homem se
surpreendeu com aquilo, mas resolveu acatar o conselho.
Passado o período
de um mês, o homem voltou a procurar o sábio e lhe disse que estava
mais infeliz ainda, que tinha mais problemas agora com sua casa suja,
barulhenta, com menos espaço e mal cheirosa. Perguntou ao sábio o
que deveria fazer. E o sábio lhe disse:
- Vá, tire o bode
de sua casa e me procure daqui um mês.
E ele assim fez.
Sentiu tanto alívio por se ver livre do animal que passou a ver tudo
diferente; a partir daquele dia se tornou um novo homem. Começou a
descobrir e a valorizar tantas coisas que sempre tinham estado à sua
volta das quais ele sequer tinha percebido a existência.
Conto essa parábola
para trazer a reflexão do quanto muitas vezes reclamamos das coisas,
estamos insatisfeitos, maldizemos a vida, ficamos de mau humor, sendo
que temos somente problemas corriqueiros para resolver.
Só passamos a
enxergar e valorizar isso quando realmente aparece algo sério. No
entanto, não é necessário termos problemas maiores para só então
valorizarmos a vida que temos. Podemos trabalhar nossa consciência,
percepção e estarmos acordados para enxergar sem exageros o que
realmente se apresenta a nós. Ser feliz é muito mais uma questão
de escolha do que de situação.
Leia este texto também em Via Estelar.
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Deveríamos utilizar a dor como aliada
"É
tão imenso o medo da dor do parto que nem se permite a chance de
entrar em contato com ele..."
Dor
é algo que a maior parte dos seres vivos sente. Há alguns que por
questões de anomalias genéticas não sentem dor, o que pode lhes
gerar sérios problemas com relação à sua vida e sobrevivência.
Posto por esse ângulo, dor tem função.
Por
que então nós rechaçamos tão fortemente a dor? Ela não será uma
reação natural de nosso organismo frente a algo que ele percebe?
Vamos
entender uma pouco mais sobre a dor. Há dores físicas, há dores
fantasma (percebidas por pessoas em membros que foram amputados), há
dores emocionais. Via de regra, nós evitamos situações em que haja
a possibilidade de sentirmos qualquer possibilidade de dor. Grande
exemplo disso é o altíssimo número de cesáreas eletivas que
ocorrem no Brasil. É tão imenso o medo da dor do parto que nem se
permite a chance de entrar em contato com ele, corre-se para agendar
um procedimento garantindo que essa dor não aconteça. No entanto,
seria a natureza burra ao ponto de nos fazer sentir dor sem motivo
algum?
A
dor de cabeça nos mostra que há algo acontecendo e que precisamos
cuidar disso. A dor do parto nos mostra que chegou a hora do bebê
nascer e que precisamos nos preparar para toda uma nova vida que
teremos daí para adiante. É uma dor vista por muitas pessoas como
um ritual necessário para essa transcendência de mulher para mãe.
E
as dores do coração? Terão qual função?
Será
que elas não nos ensinam quais caminhos e escolhas são benéficos
para nós e quais não?
Será
que ao sentir dor após ter tido determinado comportamento, isso não
pode ser percebido como algo a não se fazer mais?
Será
que ao fazer certa escolha e essa lhe machucar não pode ser
percebida como um alerta de que essa não é a direção?
Será
que então ao invés de negarmos ou lutar com as dores, não faz mais
sentido as usarmos como aliadas, aceitando-as e nos entregando a
elas, podendo assim passar por elas com menos resistência e assim
absorver o que deve ser aprendido?
Quando
lutamos contra a dor ela só aumenta. Quando relaxamos e não a vemos
como inimiga ela se torna mais tranquila de lidar. Passa a não ser
mais algo a ser extirpado, mas sim, vivido.
Não
nos alienemos de nossas dores. Se elas se fazem presentes, precisam
ser observadas e digeridas. Não temos a possibilidade de aprender se
a negamos (bebendo, fugindo, arranjando logo outra pessoa para ocupar
o vazio da anterior etc)
Reflita
sobre isso e quais os possíveis efeitos de aceitar e abraçar algo
que é natural à nossa condição de humanos.
Leia este texto também Via Estelar.
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