domingo, 8 de dezembro de 2013

Saia do papel de vítima em quatro passos


"Meu Deus, dá-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar o que está ao meu alcance e sabedoria para saber a diferença entre ambas"


Muitos de nós conhecemos pessoas que tendem a se vitimizar frente às situações, ou ainda, percebemos que nós mesmos temos a tendência em fazer isso. A ideia que se tem é de que o mundo é injusto, de que outras pessoas têm mais oportunidades, de que as coisas não dão certo, que tudo é sempre muito difícil etc.


Essa é uma percepção de mundo que leva ao autoboicote e à culpa.

 
Quando nos culpabilizamos frente às situações, entramos em um ciclo de nos martirizarmos, ficarmos tristes e até com raiva de nós mesmos e, diante disso, ficamos estagnados. Quando nos vitimizamos, culpabilizando o mundo, as outras pessoas, as circunstâncias... também ficamos estagnados, porque não temos o que fazer para mudar o contexto. Ficamos então reclamando, choramingando e nos perdendo em desculpas.
 
A vitimização é uma atitude utilizada por inúmeras pessoas e que, em muitas ocasiões, pode dar muito certo, uma vez que há pessoas que se compadecem com esse discurso e darão razão para quem se vitimiza, reforçando tanto no sentido de lhe fornecer atenção, quanto no de concordar com sua fala. Assim a pessoa que se vitimiza acaba se colocando numa grande armadilha: se ela não buscar desenvolver alguma consciência, será difícil sair disso. Inclusive por que há momentos em que as pessoas em torno dela podem se aborrecer com a repetição desse mesmo discurso e/ou se afastar dela ou começar a pontuar outros pontos de vista mas, sem consciência, é possível que ela se vitimize mais ainda, interpretando o que ocorre sob a ótica de que novamente os outros estão sendo injustos com ela.

Saia do papel de vítima em quatro passos:

1º) O segredo para sair desse papel é começar a se responsabilizar pelo que depende de si para ser feito.

2º) Identifique em cada situação o que está dentro de seu controle e de seu poder de ação e faça algo com isso. Logicamente nem tudo está sob nosso controle.

3º) Para a parte que está fora de seu controle, precisa ser trabalhada a aceitação: aceitação de que essa é a situação que se apresenta; aceitação de que é o que o outro pode fazer agora; aceitação que é o que há para o momento.

4º) Ao trabalhar com foco nessa dupla: responsabilidade + aceitação, a percepção e consequentemente os resultados ao lidar com os "reveses" passam a ser muito diferentes. Leia texto anterior sobre culpa e responsabilidade aqui.
 
Coisas boas e ruins acontecem na vida de todos, a questão é como lidar com elas e o quanto há de disposição para mudar o que estiver ao alcance e também o quanto se empenha em não gastar energia desnecessária com o que não estiver: a isso podemos chamar de maturidade, crescimento.

Leia este texto também em Via Estelar


3 comentários:

  1. Preciso por essas dicas em prática pra ontem. Ando sobrecarregada de responsabilidades e ainda absorvo mais por achar que ninguem faz o certo,que ninguem se importa,que tudo sobra pra mim,não tenho ajuda,etc,etc,etc.

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  2. Carlla, o primeiro passo para mudança é a tomada de consciência. Sem sabermos o que há de "errado" não temos nem como saber o que mudar ou por onde começar. Depois é tentativa e erro, prática.
    Fixe o ponto aonde quer chegar e caminhe dia após dia em direção a ele, estando alerta para não cair novamente no piloto automático.
    Mudança e aprendizado exigem investimento de energia mas, depois incorporamos isso aos nossos hábitos e a atitude passará a fazer parte de nós.
    Um ótimo trabalho!!!!

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  3. Muito grata pelos conselhos,como dissestes a pratica realmente tem que se incorporar em nosso dia a dia,recentemente tive uma crise de estafa mental e fisica parecia que estava enlouquecendo ou infartando. Parei para avaliar minha situação e vi que do jeito que estava eu iria entrar em um estado muito mais critico,por isso estou adotando o maximo que posso dessas dicas que vc passou,tambem estabelecendo prioridades para nao querer suprir tudo sozinha e acabar sentindo impotencia ja que nao posso fazer tudo sempre. Fitoterapicos,exercicios e mudanca de rotina estao ajudando tambem,afinal buscar o bem estar fisico e mental eh importante em qualquer idade,em qualquer condição de vida,eu mesma tenho 27 anos apenas e ja me sentindo cansada e sobrecarregada como uma pessoa de mais idade e responsabilidades. Dra. Thais Petroff um 2014 maravilhoso e abençoado e que vc consiga ser cada vez mais decisiva e importante na mudança de vida para melhor de todas as pessoas. Forte abraco.

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