O
que é?
Ansiedade
é sinônimo de nervosismo, preocupação e medo em relação a
perigos reais ou imaginários que podem acontecer no futuro conosco
ou com alguém que gostamos muito.
O
que são os perigos reais e imaginários?
1)
Perigos reais: São os medos que sentimos em razão de estarmos em
situações que realmente oferecem perigo. Por exemplo: medo de ser
assaltado ao andar à noite em uma rua sombria de São Paulo ou de
ser atropelado ao atravessar uma avenida movimentada fora da faixa de
pedestre, etc.
2)
Perigos imaginários: São os medos que sentimos apesar de estarmos
em situações seguras. Por exemplo: medo de não conseguir fazer o
trabalho no prazo, de receber uma crítica do chefe, de viajar de
avião, etc.
Quem
comanda a ansiedade?
A
mente. A intensidade e a maneira com que lidamos com a ansiedade é
determinada pela forma que o nosso cérebro interpreta a situação.
Qual
a relação entre o cérebro e a ansiedade?
Quando
uma pessoa se sente de alguma forma ameaçada ou vulnerável a um
perigo (real ou imaginário) o cérebro ativa o corpo para se
defender, por meio da liberação de vários hormônios, que o
preparam para enfrentar ou escapar do perigo. Uma
discussão com a esposa ou o chefe basta para o cérebro interpretar
as situações como ameaçadoras e ativar todo o circuito de
ansiedade no corpo.
Quais
são as alterações corporais ativadas no corpo pela ansiedade?
Coração
batendo mais rápido, tremedeira, suor nas mãos, agitação motora,
tensão muscular, tontura, dificuldade para respirar, bochechas
quentes, sensação de vazio no estômago, aperto
no peito, etc...
Como
as pessoas pensam quando estão ansiosas?
De
forma preocupada e pessimista. O ansioso pensa exaustivamente em tudo
que pode acontecer de ruim na situação futura. A cada minuto sua
mente é bombardeada por milhões de perguntas: “E se isso
acontecer?”
Como
a ansiedade atrapalha a vida de uma pessoa?
1)
Trabalho: O ansioso vive se preocupando. Pensa: “Não vai dar
tempo de terminar esse relatório. Meu chefe vai ficar furioso. Vou
ser demitido”. No longo prazo, a produtividade no trabalho cai,
pois as preocupações diárias são esmagadoras e atrapalham a
concentração e o foco nas tarefas.
2)
Amor: Imagine que são 7 horas da manhã. O ansioso vê a
quantidade de trabalho que tem pela frente no dia e pensa: “Não
vou conseguir chegar a tempo em casa hoje. Minha esposa ficará
chateada novamente comigo” Ao chegar em casa, a esposa está com
cara feia porque passou um dia ruim. O ansioso já interpreta
antecipadamente que é o culpado pela cara feia da esposa e,
imediatamente, atira as pedras: “Você não me entende. Tenho muito
trabalho!” Isso acontece diariamente. Portanto, é fácil imaginar
como é ter um relacionamento amoroso com um ansioso. A ansiedade mal
gerenciada é um veneno contra o amor.
3)
Família: Em um almoço de domingo, um pai ansioso pensa: “Meu
filho não chegou até agora. O que será que aconteceu?; Por que ele
não atende o celular? Será que sofreu um acidente no caminho? Fica
pensativo e tenso.” Quando o filho chega, o pai já está bufando
de raiva e desespero. Consequentemente, dá uma bronca
desproporcional no filho. O ansioso não conta com imprevistos. Isso
o aborrece profundamente e a vida em família, aos poucos, se torna
intolerável, recheada de mágoas e rancor.
4)
Estudos: “É impossível estudar tudo. Então, com certeza, não
vou passar na prova. Nem adianta estudar mais. Estou vendo que é
muito conteúdo.” A preocupação antecipada destrói a motivação
do ansioso e, consequentemente, há um declínio vertiginoso no seu
rendimento acadêmico.
5)
Social: Um encontro com os amigos o ansioso pensa: “Porque não
marcam logo o lugar do encontro? Preciso me programar. Detesto ser
pego de surpresa e ter que mudar os planos em cima da hora. Meus
amigos são muitos desorganizados e não tem consideração por mim.
Se tivessem consideração, não fariam isso.” A falta de
flexibilidade do ansioso bloqueia a espontaneidade nos encontros e
acaba com toda a diversão.
Portanto,
é importante driblar a tirania da ansiedade no dia-a-dia para se ter
uma vida menos angustiante, mais produtiva e feliz. A boa notícia é
que a Terapia Cognitiva -TC cada vez mais vêm provando
cientificamente bons resultados na gestão da ansiedade.
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