quinta-feira, 28 de julho de 2016

Maternidade perpassa por muita abnegação, doação e falta de liberdade.





Este vídeo é para as mães de bebês ou crianças pequenas.

Quem e já se sentiu extremante só? Ou sobrecarregada e sem forças? Quem já teve como desejo maior tomar uma banho sossegada ou poder fazer número 1 ou 2 sozinha?  Quem já chorou ou sofreu pelas coisas da vida antiga que abriu mão? Quem já quis sumir ou já pensou que não daria conta?

Se você respondeu sim a algumas dessas perguntas ou a todas elas posso te dizer que você não é exceção. Esse é o puerpério. Sim! Ele é quase que devastador para muitas mães. É processo do luto de toda a vida que se deixa para trás e dessa mulher que já não pode existir mais, dando abertura para essa nova vida e essa nova mulher-mãe.

Há diversas alegrias mas, como como sobre estas muitas pessoas já falam, meu intuito é compartilhar o outro lado da moeda para que você mãe, saiba que não está sozinha e, para você futura-mãe, não crie expectativas fora da realidade evitando que se frustre. Ser mãe é uma missão, um trabalho árduo. Por isso compartilhar suas dificuldades, dores e sofrimentos é algo que auxilia a você se reequilibrar e, estar com outras semelhantes a você ajuda com que esse período não seja vivido de maneira tão solitária. Vamos colocar para fora nossas dores e alegrias. Vamos partilhar o que é ser mãe e nossa experiência com a maternidade.

3 comentários:

  1. Thaís,
    Acompanho seu blog há bastante tempo, mas é a primeira vez que comento, pois me identifiquei demais com essa séria sobre maternidade! Tenho um bebê de 9 meses e realmente é tudo como você vem comentando: é o maior amor do mundo...meu filho é o que eu mais amo nessa vida! Porém, a abnegação também é imensa! O que achei mais difícil no início foi a falta de tempo para garantir necessidade básicas mesmo: comer, ir ao banheiro, tomar banho... dormir nem se fala! Faz quase 10 meses que não sei o que é dormir direito, pois meu filho ainda acorda bastante à noite e acorda super cedinho. Ele até dorme cedo também, mas aí é quando eu consigo fazer alguma coisa em casa! Enfim, é muita doação mesmo! Agora que o pequeno começou a engatinhar e a querer explorar o mundo então... Acho até que a coisa está ficando ainda mais difícil, pois antes conseguia deixa-lo brincando um pouco sozinho... agora não posso mais! Fora as preocupações relacionadas ao trabalho e à necessidade de deixá-lo na creche (gripes intermináveis!). Enfim...além de desabafar, gostaria de dizer que é muito legal conhecer esse seu lado mais humano, não apenas a psicóloga, mas também aproveitar a oportunidade para elogiar o seu blog, que traz tanto conteúdo de qualidade e que ajuda tanta gente! Parabéns!!!

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    1. Olá Elisa, fico feliz que você tenha falado de você e me escrito.
      Realmente ser mãe é sinônimo de doação. Hoje mesmo estava comentando com meu marido quantas vezes fiz escolhas que achava melhores para meu filho mas, muito mais cansativas e desgastantes para mim. Penso que o que nos traz mais paz e bem estar nesses momentos é pensar que estamos de acordo com nossa consciência, fazendo o melhor que podemos e que vamos ver os bons resultados na formação da personalidade desse serzinho em crescimento.
      Minha experiência é que conforme ele crescem e ganham um pouco mais de autonomia a coisas ficam um pouco mais fáceis, pois, para mim o mais difícil também era não poder comer em paz, ir ao banheiro e dormir sem acordar de 2 e 2 horas. Hoje essas coisas já estão muito mais tranquilas. O desafio agora é que ele quer atenção e quer brincar e, ainda não entendo muito bem o conceito de tempo; por isso dizer "espera só um pouquinho" não quer dizer muito para ele. Enfim, muitas e muitas fases virão. De coisas difíceis e complexas e de muita gratidão, beijos e abraços. A vida também não é assim?
      Eu sei que mesmo com (ou justamente por causa de) ter passado por esses e outros momentos difíceis e desafiadores que hoje sou melhor do que ontem e me orgulho da pessoa que me tornei. Se a vida fosse uma tranquilidade total ou uma festa nós não amadureceríamos e nem aprenderíamos. Nós crescemos com as dificuldades e aprendemos novos comportamentos para sairmos delas. Então, agradeçamos as situações, mesmo que enquanto passamos por elas ainda não vejamos a luz no final do túnel.
      Força Elisa, as coisas irão melhorar. Procure fazer uma rede de apoio (familiares, amigos e amigas, terapeutas, médicos e outros profissionais). São com eles que precisamos e podemos contar quando as coisas apertam: quando estamos muito cansadas, quando estamos tristes, quando estamos irritadas, quando precisamos ficar um pouco sozinhas. Rede de apoio é essencial para a sanidade da mulher no puerpério e, mesmo depois deste. Há um ditado africano que diz que é preciso uma tribo inteira para cuidar de uma criança. Eu concordo e assino embaixo.
      Um grande abraço de mãe para mãe. Você não está sozinha! = )

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  2. Obrigada pela força, Thaís! De fato, o que mais precisamos é de uma rede apoio. Aliás, estou precisando reforçar isso, pois moro longe da minha família! Faz muita falta uma vovó ou uma titia para ajudar um pouquinho de vez em quando... mas vamos vivendo! Procuro mesmo pensar que são fases e que, daqui a pouco, terei saudades de tudo. Assim a gente aguenta um pouco mais o cansaço!
    Mais uma vez, obrigada pelo apoio!
    Abraço! \o/

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