terça-feira, 16 de abril de 2013

Ser feliz ou ter razão

Oito da noite numa avenida movimentada. O casal já esta atrasado para jantar na casa de alguns amigos. O endereço é novo, assim como o caminho, que ela conferiu no mapa antes de sair. Ele dirige o carro. Ela o orienta e pede para que vire na próxima rua à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem. Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira a direita e percebe que estava errado. Ainda com dificuldade, ele admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há problema algum em chegar alguns minutos mais tarde. Mas ele ainda quer saber: "Se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho errado, deveria insistir um pouco mais". E ela diz: "Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos a beira de uma briga, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite". 

 MORAL DA HISTÓRIA: 

 Essa pequena estória foi contada por uma empresária durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independente de tê-la ou não. Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência: "Quero ser feliz ou ter razão?" Pense nisso e seja feliz.

2 comentários:

  1. Acho que sou o tipo de pessoa que perco um enorme tempo tentando ter sempre razão. E, por mais que isso me incomode, faço tentativas de mudar e sinto frustada. A paciência e a tolerância são virtudes que gostaria muito de ter. Às vezes estou tranquila e simplesmente entro em combustão com uma simples palavra. Gostaria muito de exercicíos para lidar com isso.

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    1. Marília, percebo que de modo geral estamos todos cada vez mais ficando intolerantes, sem paciência e estressados. Penso que parte dessa responsabilidade advém da vida eufórica que levamos correndo para cima e para baixo buscando dar conta de todas nossas obrigações e coisas a fazer (trabalho, estudos, família, casa, amigos, relacionamento amoroso, etc...) e dos prazos que são cada vez mais apertados. Vivemos em um cultura "fast food" onde tudo é para ontem e passamos a exigir isso também, dos outros e de nós.
      E em meio a essa loucura toda, muitas vezes temos a percepção de que estamos em uma guerra e que por isso precisamos nos proteger, já que podemos ser atacados a qualquer momento.
      Desse modo alguns exercícios simples que podem auxiliar a ter mais bem estar e qualidade de vida são:
      *permitir-se momentos de ócio. Ficar de pernas pro ar mesmo sem preocupar-se com nada. Isso ajuda para que não fiquemos tão a flor da pele.
      *praticar diariamente um pouco de respiração diafragmatica e nos momentos de tensão utiliza-la (http://psicologa-thaispetroff.blogspot.com.br/2012/02/respiracao-diafragmatica.html?m=1).
      *quando perceber que está começando a se irritar ter uma conversa interna perguntando-se o que está te incomodando, qual o motivo da raiva, se há outra maneira de perceber a situação, se há algo que você possa fazer para sentir-se melhor, etc...
      *sempre que possivel conversar sobre o que te deixou com raiva, preferencialmente com a pessoa com quem evento ocorreu. Para isso as vezes pode ajudar se dar um tempo e depois falar sobre isso, já que a idéia não é brigar mas, poder falar sobre os sentimentos sem atua-los.
      *ter válvulas de escape: praticar esportes (correr, artes marciais, natação, etc...) e/ou extravasar a raiva em ambientes inócuos (ex. Socar o travesseiro, gritar dentro do carro com os vidros fechados, etc...)

      Fico a disposição no que eu puder auxiliar.

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